No início de 2019 recebi uma mensagem da Fernanda com a proposta de expor a série de imagens recuperadas de HDs em uma individual em Porto Alegre. Ali começou uma relação de parceria que se estendeu para muito além daquela mostra. Quando pensamos nesse zine voltamos imediatamente à curadoria daquela exposição e, em especial, a ideia de tirar as imagens da parede e dar a elas outros suportes possíveis. Queríamos uma linha de produtos de HD, algo que pudesse transmutar imagens descartadas em novos objetos. Fernanda desenhou cadernos, camisetas, canecas, biquínis, bolsas e postais. Criamos uma loja errática onde tudo pode ser visto, mas nada pode ser comprado: um catálogo de não-comprar, ao menos por enquanto.
Leo Caobelli