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Zugzwang

Diego Vidart

Começamos a colaborar em 2010, Diego é um grande parceiro de derrotas, um entusiasta dos erros e de processos que possam abraçar o naufrágio como possibilidade poética. Quando nos lançamos na edição deste zine, derrotamos muitas vezes. Começamos nos questionando o que seria um fungo digital. Se a fotografia analógica envelhecia lenta e progressivamente, o digital saltava vertiginosamente em direção à corrupção e à derrota. Existe pó digital? Passamos a deixar coisas apodrecerem para ver como o mofo crescia. Passamos a estudar proporções geométricas de crescimento e, a partir de uma delas, chegamos ao método aqui utilizado. Íamos adicionando imagens de um grande arquivo de fotos perdidas em HDs sempre seguindo os números de Fibonacci (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144…). A precisão do método, entretanto, nunca nos eximia da derrota, da possibilidade do erro e assim assumimos nosso jogo como um zugzwang, uma situação encontrada no xadrez em que um jogador é colocado em desvantagem por conta de sua obrigação de fazer um movimento; diz-se que um jogador está “em zugzwang” quando qualquer movimento legal piorará sua posição. Assim pioramos como o mofo.

Leo Caobelli

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